quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Blugrama - Navegantes a Gramado - 13ª Etapa: de São José dos Ausentes a Cambará do Sul - 01/novembro/2016

Saímos defronte o Hotel Morada das Glicínias, às 08:50 h da manhã (não somos madrugadores...) 

O adeus à pequena São José dos Ausentes. Perguntei a um motorista de táxi o porquê do nome. E a versão que ele me passou é que devido ao frio muito intenso e as dificuldades para se manter no local, com solo infértil e muitas pedras, as pessoas que vinham ou eram trazidas para trabalhar sempre acabavam indo embora, estando com frequência a região com o povo ausente. 
Logo acaba o asfalto e a estrada de terra que enfrentamos é das piores para o ciclista. Vejam algumas imagens:



No alto de um morro, passamos por uma fazenda muito elegante:
O Ibama se faz presente na proteção ambiental:
A estrada continuava cheia de pedras, embora com mais vegetação, sombreando, às vezes, o caminho:




Às vezes, no meio do capim, de forma que nem poderíamos imaginar, surge a singela beleza de uma pequena flor silvestre:
E então chegamos a mais um lugar espetacular, desses que nem passa pela cabeça que possam existir em local tão remoto, tal a modernidade e exuberância exibidas, mesmo em meio à extrema rusticidade regional: o Vale das Trutas. Um portento turístico de deixar o queixo caído:










A visão do local do alto do morro:



Uma pequena queda d'água vista por cima, porque não consegui achar o caminho para chegar na parte de baixo:

No alto, entre as pedras, mais uma flor silvestre muito linda:
O pequeno curso d'água que dá origem à cascata acima e a ponte para atravessá-lo:

Então chegamos a um entroncamento onde há, segundo uma placa existente no local, uma "tenda" que exibe o mapa abaixo:

A estrada que se segue é muito bonita:




Neste trecho, um arbusto cheio de pequenas flores brancas é muito abundante:

Bem, se eu achava que a estrada estava ruim, agora ficou ainda pior:






E as florezinhas silvestres levam ternura à rigidez das pedras que as rodeiam:


E na divisa dos municípios parei antes da ponte, para não espantar um boi que pretendia cruzá-la. Desconfiado, ele ficou olhando e quando achou que eu não representava perigo, atravessou e prosseguiu seu caminho tranquilamente:

Então passamos por mais um daqueles "arroios" (como são chamados aqui) encantadores, que despertam na gente uma vontade de sentar numa pedra, colocar os pés na água e deixar o tempo passar...

Uma linda cascata se esconde por trás da cerca "proibida":
Prosseguindo, a estrada torna-se um recorte entre a montanha e o rio e nascentes vertem das pedras:
Em junho, quando passamos por aqui, o frio havia solidificado a água:










Chega-se, em seguida, à Ouro Verde, uma fábrica de celulose da Cambará S.A., que extrai água para o processo produtivo do rio Santana:


A ponte leva à comunidade de Vila Santana - Raia e depois ao distrito de Oswaldo Kroeff, no município de Cambará do Sul:






Os quilômetros finais até Cambará a partir de Oswaldo Kroeff são feitos por asfalto, sem acostamento. Nada a registrar. 

Em Cambará, no Restaurante Galpão Costaneira pode-se escolher o aperitivo de cachaça com o sabor que quiser:



Mas nós gostamos mesmo foi da "Galeteria O Casarão", um jantar sensacional! Você pode optar entre três possibilidades a R$ 35,00, R$ 45,00 ou R$ 65,00, por pessoa, respectivamente: 
1º) buffet de saladas com sopas e massas, acompanhadas de queijo e polenta na chapa (as verduras disponíveis são produzidas pelos próprios donos, em horta totalmente orgânica, que pode ser avistada atrás do restaurante);
2º) a mesma coisa anterior + rodízio de galetos; e
3º) a mesma coisa do 1º item mais truta à vontade, cujos molhos podem ser escolhidos de uma lista. 
Huuuummmm! Saborosíssimos!
Dormimos na Pousada Recanto das Gralhas, de pessoas muito simpáticas e acolhedoras. Preço do casal: R$ 140,00.

Mapa do caminho seguido via Wikiloc, com altimetria:



2 comentários:

  1. Muito bom poder "viajar" novamente por este caminho. Não canso de ler os seus relatos e acompanhar suas experiências.

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