No 3º dia, em Tambaú (km 429 do Caminho), carimba-se a credencial no escritório da Secretaria de Turismo (primeira foto). Para sair, cruza-se a praça, defronte a igreja, seguindo á esquerda até a Avenida. Daí, à direita, subindo e depois descendo até chegar ao portal que marcava o início do Caminho, quando este de fato ocorria naquele lugar (segunda foto).
Atravessado o portal, para quem quiser marcar simbolicamente o Caminho, há uma pinguela como opção, ou pode ir pela ponte. Vira-se á direita, pegando uma estrada municipal de terra, em aclive, para variar, que costuma ter certo movimento de carros, é bom ficar atento.
Até um tempo atrás, depois de subir e começar a descer, havia um desvio por meio de uma plantação de eucaliptos, que evitava o trânsito da estrada e tornava muito mais agradável o trajeto: um pequeno bosque, mais uma pinguela, uma passagem à beira da estrada, mais alguns eucaliptos e depois voltava à estrada, mas apenas por poucos metros, pois logo saia à direita, cortando por canaviais, cafezais, mais eucaliptos e até laranjais, sem falar em belas lagoas como a da terceira foto.
Mas, isto é coisa do passado. Não sei qual o motivo, mas o Caminho não segue mais por lá. Agora vai sempre pela estrada municipal até que uma das setas amarelas o leva para outro lado. A estradinha de terra ganha asfalto e torna-se opção para quem quiser chegar mais rápido a Casa Branca. Para os que vão pelo Caminho, é só seguir as setas, percorrendo estradinhas de terra, não demorando muito para se atingir a cidade. Chega-se pela região norte, percorrendo um trecho de uma avenida e virando-se à direita, mais uma vez em aclive, percorrendo-se ruas com asfalto até chegar à Pousada Nossa Senhora do Desterro, ao lado da igreja. Quem vai dormir aqui precisa reservar com antecedência. O jantar neste local, assim como o café da manhã, são muito gostosos.
Na saída de Casa Branca, desce-se pela avenida à frente da igreja, subindo do outro lado e, caso seja horário de almoço, aqui vai uma dica: tem um restaurante no último quarteirão antes de chegar à praça da matriz, do lado direito da rua (do lado esquerdo, na esquina, tem uma padaria/lanchonete). Depois, contorna-se a praça ao lado da matriz, virando à esquerda, depois à direita, por uma rua na contra mão, em declive. Sobe mais uma vez, vira-se à direita, margeando um bosque, mas por pouco tempo: você é instado a penetrar nele pelas setas amarelas. Um trecho agradável, em meio às árvores. Veja a foto:
Saindo do bosque, cruza a rua, segue em frente para virar à esquerda logo em seguida e, pouco depois, pegar uma passagem à direita, cruzando sob um viaduto e seguindo em frente. Você percebe que está no caminho certo pelas inúmeras marcações em amarelo nos mourões da cerca á beira da estrada. Mas não por muito tempo: logo tem uma placa indicando que se deve virar á direita, por um caminho em meio ao mato, passando por trás dos terrenos de algumas empresas, até sair de novo numa estrada asfaltada. Está pensando que vai pela estrada? Não! Cruza-a, (se não me engano até são duas estradas asfaltadas) segue outra vez um caminho em meio ao matinho, aliás, muito agradável para o ciclista, pois é bem liso e plano, com ligeiro declive. Até chegar à estrada Casa Branca-Vargem Grande. Aí é necessário ir pelo acostamento, até encontrar o pedágio, um pouco mais de seis quilômetros. Mas, fique atento: quando estiver se aproximando do pedágio, vá pela contra mão da estrada, pois a saída do Caminho é para a esquerda, bem ao lado do pedágio. Certa vez seguimos pela direita e não vimos a placa que indicava saída para o outro lado. Resultado: fomos pelo asfalto até Vargem Grande.
Segue, então, por estrada de chão batido, bem dura e cheia de “costelas”. Corta um canavial, para descer em seguida por um carreador lateral, cheio de buracos de enxurrada, até chegar a uma porteira de madeira. Após atravessar a porteira, você vai “curtir” uma das trilhas mais inusitadas: caminhos de vacas, entre a relva, muito estreitos e cheios de recados das ditas cujas: “Ei, estivemos aqui!” Você já deve saber do que estou falando. A sorte é que o terreno é plano... Depois de atravessá-lo, chega-se a outra porteira e a uma insólita ponte de madeira (veja a foto), sobre uma estranha corrente de água que, de cima, dá a impressão de ser tremendamente salobra.
Principalmente olhando-se para a direita, no que parece ser uma espécie de pântano, muito esquisito... Atravessada a ponte, sobe-se uma ligeira encosta até chegar a uma “deliciosa” estradinha de terra firme, bem clara e lisa, contornado uma reserva florestal. Saímos à esquerda, cruzamos uma plantação em ligeiro declive, passando em frente a uma pousada, que não está credenciada pelo Caminho. Uma subida, ao lado de uma cerca viva de pingos de ouro, uma “avenida” ao lado de bambuzais e seguimos através de hortas e plantações até uma “tranqueira”. Tranqueira? Você sabe o que é isto? Não é o que você está pensando! É uma porteira de arame farpado e madeira. Após cruzá-la, segue-se por trilhas de gado, passa-se outra tranqueira e continua por um gramado. Veja a foto que tive a felicidade de conseguir neste local:
Cruza-se o interior de uma fazenda, entre as casas, em meio a um pasto, até chegar novamente à estrada de terra. Se for época de seca, como julho, por exemplo, a estrada será perigosa porque estará com grossa camada de terra bem fina e, além de muita poeira, poderá proporcionar buracos encobertos, que se tornam verdadeiras armadilhas. Cuidado! Mas, se for época de chuvas, poderá haver muito barro e aí, também, todo cuidado é pouco. Você já estará chegando à cidade. Siga a sinalização, que o levará ao Hotel Príncipe, para carimbar a credencial e reabastecer de água.
Na saída de Vargem Grande, muita atenção nas setas amarelas. Há umas “quebradas de esquinas” que não podemos deixar passar, para não errar o caminho. Após sair do asfalto, tem uma subida forte e segue assim, entre subidas e descidas, por boas estradas de terra, até encontrar uma placa que marca a subida para a pousada da Dona Cidinha. E que subida! É preciso muito sacrifício e disposição para encará-la, especialmente por estarmos no final da jornada e querendo mais é sentar e descansar... Veja uma foto do local:
Mas tudo compensa: a Cidinha é uma pessoa fora de série e, mesmo que você tivesse intenção de seguir direto, dê um tempo, pare um pouco e divirta-se com o bom humor e extraordinária acolhida que nos proporcionam, tanto ela quando seu marido Francisco, seu filho Junior, a nora Janaína e o Netinho, que figura! Pode ter certeza que vale a pena.
Mas, acabei me estendendo muito. O quarto dia fica para o próximo. Até!
Gostei do novo nome!!!
ResponderExcluirBeijos, beijos, beijos