quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Ribeirão Preto a Franca (SP) - por estradas de terra

1º trecho: Ribeirão Preto/Jurucê/Brodowski/Batatais - 05/07/2021

Por causa da grande incidência de roubos à mão armada em Ribeirão Preto, com elevado risco de morte caso haja alguma resistência ou, às vezes até sem qualquer motivo, e do tráfego intenso, com poucos motoristas cidadãos demonstrando respeito aos ciclistas, razões que inviabilizam percorrer a cidade pedalando, optamos por levar as bicicletas até o Posto do Trevo, na confluência da Via Anhanguera com a Rodovia Cândido Portinari, fora da cidade e começar o pedal a partir dali.

O objetivo da ida a Franca é que iríamos percorrer o ramal do Caminho da Fé que começa naquela cidade.

Partimos então pelo acostamento do asfalto, na contramão do sentido de tráfego, porque nossa saída do asfalto para uma via de terra seria pelo lado esquerdo e assim não teríamos que cruzar as duas pistas para isso. 

Logo que atravessamos a ponte do Rio Pardo, entramos, então, na direção de Jurucê, pela antiga estrada de terra ali existente. Muito utilizada por caminhões transportadores de cana, a via tinha sido umedecida por caminhão pipa, para evitar a poeira aos moradores rurais circunvizinhos, o que  certamente era feito com frequência, porque o piso estava firme e apresentava aquelas "costelas" do solo enrijecido. 

Em ascendência, a maior parte do tempo, pois saímos de uma altitude média de 546 m, em direção a Franca, que está a 1.040 m acima do nível do mar.

Logo passamos pelo Distrito de Jurucê, que pertence ao município de Jardinópolis e continuamos subindo, sempre por estradas largas e sem arborização, portanto sem sombra. 

Curiosa passagem do caminho. Geralmente as propriedades são fechadas por altos muros e esta estava totalmente aberta
Aliás, entre Ribeirão e Brodowski, quase nenhuma sombra e raríssimas vezes passamos por trechos assim: 

Geralmente atravessávamos grandes plantações de cana-de-açúcar que, à época haviam sido recentemente colhidas e replantadas, portanto tinham aspecto de terra nua. 

Por conta da logística de levar as bicicletas até o posto, na saída de Ribeirão, levar o carro em casa e retornar ao posto de Uber, acabamos dando a largada para a viagem já bem tarde e só chegamos em Brodowski ao meio dia e meia.

Um monumento em homenagem a Portinari engrandece a entrada da cidade, que estava concluindo as obras de uma ciclovia no local: 

Em razão do horário, optamos por almoçar em Brodowski, encontramos um restaurante que serve um prato feito, porém que oferece opções de comida que você pode escolher antes. É o Restaurante do Gustavo, à rua Floriano Peixoto, nº 801, Centro. Comida saborosa e boa, a preço justo.

Às 2 h da tarde, estávamos deixando Brodowski em direção a Batatais e passamos por uma pequena praça cuja estrela era um enorme jatobá: 

O trecho entre Brodowski e Batatais tem mais árvores à beira da estrada e o pedal se torna por vezes, um deleite: 


A estrada corta a Floresta de Batatais, uma área reflorestada próxima à cidade, a qual já visitamos em agosto de 2014 e que é um local muito aprazível e bonito, com trilhas para percurso à pé ou de bicicleta, estacionamento, entrada gratuita, pequeno lago e muito verde. Embora estivéssemos em julho há muito tempo sem chuvas e o verde não se apresentasse tão vistoso, mesmo assim tudo estava bonito e agradável.

Ficamos em Batatais no Hotel Candeias, a um custo de R$144,00 o casal. O endereço é Avenida 14 de Março, nº 1.161, Centro. Muito bom. 



2º trecho: Batatais a Franca - 06/07/2021

O trecho de Batatais a Franca utiliza a antiga ligação rodoviária entre as duas cidades, chamada de Estrada Rio Negro e Solimões. Tem muitas árvores nas marginais do leito original que, em alguns trechos está abandonado por falta de manutenção e o tráfego é feito em área adjacente. É uma estrada bonita e é uma pena que o descaso público relegue partes dela à ação da erosão. 






Um trecho da estrada aproveita parte asfaltada da ligação Franca a Itirapuã. Porém, volta a ser de terra batida e a parte final, nas proximidades do aeroporto de Franca, é intensamente marcada pelas altas "costelas" no leito e areia, tornando a pedalada muito desagradável e desgastante. No geral, pode-se dizer que, exceto por esse trecho final que acabamos de citar, é razoável e tem até algumas partes muito boas. 
Como chegamos cedo, tivemos tempo para um bom banho e uma ida até a Capela de Nossa Senhora Aparecida, conhecida como Capelinha, onde é fornecida a credencial do Caminho da Fé, que pretendíamos começar no dia seguinte, em cuja secretaria fomos muito bem atendidos e passamos momentos muito prazerosos conversando sobre o caminho com a atendente e outros peregrinos. É bom assinalar que a secretaria está funcionando em uma rua lateral da praça existente em frente à igreja, em uma sala de um prédio pertencente à diocese. O nome da rua é José Rodrigues Santos e a entrada é através de um portão lateral. 
Na praça em frente à igreja está um marco do Caminho da Fé: 
Dormimos no Morada Park Hotel, à rua Bem-Te-Vis, nº 2.822, Morada do Verde, que tem uma localização estratégica pois está na saída para a primeira etapa do Caminho da Fé e evita ter que caminhar ou pedalar dentro da cidade. O custo foi de R$142,00 o casal. 
52,12 km - Altura acumulada 587m - Wikiloc - erossaltori

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