...ooo000ooo...
06/06/2016 - Hoje é o dia da subida da Serra do Rio do Rastro, talvez o mais esperado trecho de todo o caminho. Afinal, tantas fotos e vídeos visitados anteriormente nos remetiam a uma das serras mais bonitas do mundo, com um visual fantástico e ponto de curtição de todo ciclo turista.
A gente já sai do distrito de Guatá (município de Lauro Muller-SC) subindo. Mal terminam as últimas casas da pequena cidade e já começa a subida. Logo na saída, passamos pela capela de Nosso Senhor do Bonfim:
Não há praticamente nenhum alívio até atingir o topo da serra. São 16 km de subida:
E, no nosso caso, sem enxergar quase nada. A medida que fomos subindo, o céu nublado desapareceu da vista e uma neblina carregada tomou forma, intensificando a turbidez e reduzindo drasticamente a transparência. Toda a ansiedade pelo visual acabou virando frustração:
A espessa neblina cobria toda a serra. De uma curva você não enxergava a outra.
Para que se tenha uma ideia, vejam as fotos seguintes:
Como se pode ver, chegavam a se formar gotículas de água que se acumulavam nas roupas, molhando as mangas, o colarinho e a cintura.
Então, já que a visão da paisagem era encurtada pela neblina, a atenção voltou-se para os objetos mais próximos e uma simples e bem ajambrada lixeira virou alvo:
No Hotel Verde Serra, existente em um certo momento da subida, encontramos este curioso arranjo: terá sido um relógio?
Um café a esta a altura dos acontecimentos, ou um chocolate quente, seria muito bem vindo, mas o "Café Bugio" estava fechado:
Mais adiante chegamos ao Monumento aos Tropeiros, essa estirpe de pioneiros que ajudou a desenvolver distintos e longínquos rincões do território brasileiro.
A estes corajosos e intrépidos viajantes vale dedicar a frase de Dante Alighieri: "A estirpe não transforma os indivíduos em nobres, mas os indivíduos dão nobreza à estirpe".
A escultura é de Nelson Neves Matias e foi inaugurada em 23/12/2008.Na passagem pela Lanchonete Rio do Rastro, mencionamos ao proprietário que um caminhoneiro, ao passar por nós, descendo, colocou alegremente a cabeça para fora da cabine e disse: "Lá em cima tem sol"! Achamos que seria brincadeira...
Ele falou que já lhe haviam dito isso também, mas que não acreditava. Nós também consideramos difícil de acreditar...
Exortou-nos a tomar muito cuidado, pois tem acontecido muitos acidentes por lá. Citou o caso de uma ciclista que recentemente havia caído fora da estrada que, quase sempre, é uma ribanceira. Ela teria se machucado muito.
De fato, a pista é estreita, cabe apenas dois carros e não tem acostamento. De tempos em tempos há refúgios, às vezes bem pequenos. Quando um caminhão vira em algum dos cotovelos, dependendo do tamanho do veículo, a curva é difícil e presenciamos até a necessidade de manobrar para conseguir virar, com a frente do caminhão quase tocando a mureta do lado oposto.
Em um mirante existente antes do topo, a neblina permite o recorte da árvore e das bicicletas, formando uma bela imagem:
Mas, vamos ficar tristes? Desapontados, talvez, tristes, não!
Após terminar a subida, ainda fomos ao mirante na expectativa de ver alguma coisa. Do visual da montanha, nada, mas a festa dos quatis é hilariante. Um animal "selvagem", assim tão próximo e solto na natureza é, no mínimo, inusitado:
Muito curiosos, eles querem "fuçar" em tudo:
E uma coisa incrível: céu azul, com algumas nuvens e pasmem: o sol!
Daí até Bom Jardim da Serra seguimos pelo asfalto:
Na passagem por uma fazenda, a homenagem aos gaúchos:
Já próximo a Bom Jardim, passamos ainda por uma linda queda d'água, a Cascata Barrinha, que fica atrás da Churrascaria Cascata:
Um exuberante bosque de araucárias embeleza a encosta do lado oposto:
Fotografado contra o sol, o portal de Bom Jardim da Serra dá as boas vindas aos visitantes:E antes de chegar, ainda passamos por um bonito jardim no caminho:
Distância percorrida no dia: 30 km
Estadia: Hotel Morada dos Pinheiros: R$ 180,00.
Tomamos uma deliciosa sopa à noite no "Maria's", saboreando, enquanto esperávamos que ficasse pronta, um cabernet sauvignon produzido na serra próxima, chamado "Aparados", excelente. O papo com o Dilmo, o proprietário, sobre a riqueza ecológica e turística da região foi muito agradável. Recomendamos fortemente.
Depois, dormir, que o frio apertava e a temperatura baixava rapidamente. Amanhã, Fazenda Montenegro!
...ooo000ooo...
08/11/2016 - Voltamos à Serra do Rio Rastro, desta vez com sorte, pois pudemos apreciar todo o percurso com muita claridade e nitidez, devido ao iluminado sol com que fomos brindados nesse dia.
É curioso comparar as fotos que vamos inserir abaixo, com os mesmos locais fotografados na primeira passagem.
Vejam, por exemplo, o "Café Bugio" que pudemos ver desta vez:
As montanhas do local são espetaculares, quando podem ser vistas sem barreiras:
E a estrada, ah! A estrada! Tire as suas próprias conclusões (algumas fotos são muito parecidas com outras, porque foram tiradas em locais bem próximos):
A queda d'água, agora também com mais nitidez:
O monumento aos tropeiros:
A árvore do mirante, antes de chegar ao topo:
E, ao final, a vista a partir do mirante que fica após a subida, onde da outra vez estavam os quatis:
Assim, valeu a pena retornar!
Imagens maravilhosas, valeu o retorno!!
ResponderExcluirVale a pena, Ecedir! Tem muitas coisas lindas para ver e para curtir...
Excluir