A praça principal da cidade, onde está localizada a igreja matriz, possui uma fonte construída no melhor estilo europeu:
A igreja tem um formato diferenciado, com a torre se destacando no azul do céu:
Na saída, os sete primeiros quilômetros são asfaltados e as araucárias continuam sendo destaque. Ao fundo, consegue-se ver a torre da igreja:
Há imensas plantações de pinus, algumas de maçãs, cortadas por estradas de terra batida, cheias de pedras. Estamos chegando aos "Campos de Cima da Serra":
Outra característica desta região é a solidão. Raramente se cruza com veículos ou pessoas. Você parece pedalar sozinho no mundo, mas esta sensação não trás nenhum temor. Ao contrário, sente-se muita paz. A bicicleta saltita nas pedras e buracos e vamos avançando aos poucos, enquanto se observa e se admira a magnífica paisagem:
Céu claro, sol forte, mas ainda assim faz muito frio. Para combatê-lo, muita roupa sobre o corpo: dois pares de meias, três calças, luvas, três blusas, gorro na cabeça. Mas as partes descobertas do rosto sentem a rudeza do ar gelado:
Admiramos, ao olhar para trás, o recorte da estrada na montanha:
De passagem por uma fazenda, observamos os modernos "cowboys" campeando o rebanho de ovelhas, montados em seus modernos cavalos de aço:
Aqui uma utilidade que foi dada para a grande quantidade de pedras existentes no solo: muros ou cercas, construídos de pedras encaixadas, sem massa para aderência, feitos pelos escravos para marcar limites de propriedades, em épocas remotas. Permanecem de pé até hoje e são muito frequentes por aqui:
Os cânions são atrativos turísticos da região e existem em larga escala principalmente na fronteira SC/RS. Às vezes, porém, de menor tamanho, eles estão ali, bem à beira da estrada:
Quedas d'água também se encontram por toda parte. Às vezes grandes, às vezes pequenas, com muita ou pouca água, mas sempre bonitas e agradáveis aos olhos:
A estrada cheia de pedras castiga o corpo com a trepidação e na tentativa de minimizar os solavancos, reduzimos a velocidade. Reduzindo a velocidade, vamos chegar mais tarde...
Divisa Santa Catarina / Rio Grande do Sul: Pretendíamos pedir água, mas quando chegamos à casa, a porta estava fechada. Lamentamo-nos em voz alta e a porta se abriu. O jovem que fazia o trabalho de guarda ali nos disse que mantinha a porta fechada por causa do frio. Muito gentil, colocou sua casa à nossa disposição e pudemos encher as garrafas e nos fartar do precioso líquido:
O rio que separa SC do RS e a ponte que os une:
Chegamos à Fazenda Montenegro às 17:35 h, quando já começava a escurecer e o Anápio, administrador, já estava preocupado com nossa demora. Esta foto mostra a quilometragem que percorremos em toda a viagem até agora:
A quilometragem do dia foi 50 km.
Na manhã seguinte visitamos o Cânion e o Pico Montenegro. Estava muito frio e o Anápio nos emprestou ponchos:
Os cânions são formações escavadas pela erosão através dos tempos, onde se desenvolveram densas florestas. Vejam nesta imagem aérea do Google, o Cânion Montenegro:
Agora vejam as imagens feitas no local. Observem que, bem lá no fundo, é possível ver diversas cidades, na planície depois das montanhas:
O Monte Negro, o pico mais alto do RS:
A estrada da Fazenda Montenegro para o cânion está ainda pior do que o restante do caminho. Anápio, o administrador, que também aparece nas fotos acima, tem se esforçado muito para tentar fazer com que o prefeito de São José dos Ausentes se sensibilize para a situação e envie uma máquina motoniveladora para melhorá-la. Até aquele dia que estávamos lá, nada ainda havia sido feito. Uma pena, pois o turismo, com tantas belezas naturais disponíveis na região, poderia ser muito mais incrementado com a melhoria da infra estrutura. Vejam as fotos:
A fazenda/pousada Montenegro:
A sede |
Os arredores |
Os chalés |
A chegada à fazenda |
O restaurante |
A lareira do refeitório |
A entrada do restaurante |
Em função da intensidade do frio, decidimos suspender o pedal. As etapas seguintes (Fazenda Montenegro/Cachoeirão dos Rodrigues/São José dos Ausentes/Cambará do Sul/São Francisco de Paula/Gramado) faremos oportunamente, muito provavelmente em novembro de 2016. Então concluiremos aqui as postagens. Até lá.